Quando chega a hora de se despedir dos amigos - Brasil e Canadá
Oioi people!
Hoje eu venho falar de um assunto que pra mim é muito triste. Despedida dos amigos.
Eu já contei um pouco aqui no blog sobre manter as amizades que ficaram no Brasil, sobre ser uma via de mão dupla e tudo mais. Se você não leu, pode conferir aqui.
Mas hoje eu venho falar sobre o meu sentimento de despedida dos amigos. Quando esse sentimento surge de uma forma involuntária, como já aconteceu comigo e uma das minhas melhores amigas há 7 anos, não tem o que fazer. Dói, machuca e te rasga por dentro.
Mas e quando ele é uma escolha? Sim, porque quando você decide tentar a vida fora do seu país, você está fazendo uma escolha. Não que você escolha se despedir deles, mas no fundo uma escolha leva a outra.
Eu tenho muitos amigos no Brasil e me despedir deles - espero que vocês estejam lendo isso - foi uma das coisas mais doloridas que eu já fiz. Saber que eu não teria a presença constante e diária deles na minha vida é destruidor pra uma pessoa que valoriza muito as amizades.
As amizades de uma vida inteira, que já duram tantos anos, que a gente não consegue mais imaginar ficar sem. Aí vem a vida e nos mostra que nada é exatamente como a gente planeja. Amizades vem e vão. É normal. É natural. Mas a gente sofre tanto.
Eu fiz uma festa de despedida no Brasil, com a minha família e alguns amigos queridos. Mas eu fiz tantas outras despedidas que não cabem em fotos. (Se a sua foto não está aqui é simplesmente porque eu não tenho, mas me mande pra eu atualizar esse post amigo querido <3)
Eu lutei muito contra o sentimento de abandono, de perda e de luto. Eu não conseguia me permitir sentir isso e foi acumulando. Mas chega um momento que simplesmente não dá mais. Você precisa se libertar e procurar fazer novos amigos e tentar ao menos preencher um pouco daquele vazio que os amigos mais amados do mundo deixam no seu coração e na sua vida.
Foi aí que me permiti conhecer novas pessoas e fazer novos amigos por aqui. Foi muito difícil. Nos primeiros três meses eu não conhecia praticamente ninguém. O tempo foi passando e hoje, depois de 11 meses, já posso dizer que tenho um grupo bem querido e amado de amigos por aqui.
Hoje eu entendo o tal "isso é pra sempre", "como pode parecer que já nos conhecemos há tanto tempo" ou "nós somos realmente amigos" do big brother haha
As coisas aqui funcionam de uma maneira bem intensa, longe de tudo que a gente conhece e de todos que sempre fizeram parte das nossas vidas, é reconfortante encontrar amigos queridos que tenham várias coisas em comum contigo.
Mas uma coisa é certa, nenhum amigo ocupa o lugar do outro. Nunca. Cada amigo tem um lugar especial na vida da gente. E dói de maneiras diferentes quando eles partem.
E aqui no Canadá não é diferente. Eu fiz tantos amigos por aqui e quando chega a hora de eles se despedirem, dói muito também. A gente sempre acha que a data de volta não vai chegar, mas ela chega e a gente sofre também.
Os amigos intercambistas uma hora tem que voltar pra casa. Eu tenho sofrido muito com isso também.
Todas as pessoas que eu encontrei aqui são especiais e eu sinto muitas saudades de todas elas. Karina, Fran e Raquel, vocês três fizeram da minha vida aqui muito mais alegre e feliz e eu vou sentir muita falta de vocês. Podem ter certeza.
Mas essa é a vida e ela segue. Logo, tá na hora de conhecer mais gente, fazer novos amigos e desfrutar de todas as vezes que a vida nos dá a chance de se readaptar às amizades.
Mas saibam de uma coisa: o meu coração é enorme e cabem todas as pessoas amadas dessa vida. E espero que no de vocês também. A vida é uma constante reinvenção.
Um obrigada muito especial a todos os amigos queridos que fazem parte da minha vida. Que passaram pela minha história e deixaram as suas marcas. Vocês são especiais.
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Por lá eu escrevo várias dicas sobre a cidade de Calgary, AB, Canadá, onde eu moro atualmente e outras dicas gerais e aleatórias sobre o Canadá. E se você gostou desse post, não deixe de compartilhar.
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Até o próximo!